quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Tontices da Chuva!


Meu mundo não tem forma, só contorno...
Contorno o Cabo de Minhas Esperanças
e me perco no desenrolar de novo descobrimento
e me acho no esplendor de tantas Índias...
Sou Caminha descrevendo um novo dia
Sou Cabral ensandecido na descoberta
Sou Sardinha, e me dôo à essa antropofagia verbal!
O mundo me descobre todas as tardes
e me vejo sedenta de novos rumos
e parto, com três caravelas mancas,
para o Paraíso!
E coloco meu burrico ao mar!

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Bilhetinho


A chuva se forma lentamente...
Promessa de vento forte...
Encolho-me na coberta,
descobrindo o mundo ao meu redor
e me pego navegante de meu mar interior...
Tantas coisas flutuam...
Flutua em mim a consciência
e junto dela a inconsciência...
Flutua meu sonho
e minha poesia...
Flutua meu dia e minha madrugada...
Eu flutuo meus minutos
procurando o porto de minhas certezas
e me acho âncora
em minhas decisões...
Mais um dia termina poesia em meus dedos...
Mais um dia...

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Cheguei




Depois de ler tantos blogs, tantos sentimentos, tanta poesia... fiquei com comichão nas mãos, vontade na pleura, desejo nos olhos de me ver impressa no espaço cibernético.

Sempre achei que mostrar letras formando poesias era deixar que invadissem a minha privacidade.

Sei lá o que é privacidade.

Só sei de letras formando palavras que traduzem sentimentos.

Só sei de fuçar a alma, carimbando o querer.

Só sei o que sei de mim, neste canto que resolvi escrever.